Circular em cadeira de rodas em Oeiras (14)

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RUA CONDE DE FERREIRA
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Apesar da largura dos passeios desta rua (cerca de 1,8 metros no passeio Poente e de 1,8 metros a 2,2 metros no passeio Nascente), nenhum deles tem, em toda a extensão, uma largura livre de obstáculos de pelo menos 1,2 metros.
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Ainda assim, classificamos estes passeios como acessíveis (de acordo com os critérios menos exigentes que definimos): os estrangulamentos existentes não impedem a passagem de uma cadeira de rodas.
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No passeio Nascente, porém, é frequente a deposição de lixo em cima do passeio, junto a um contentor…
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…o que pode ser suficiente para impedir a passagem de cadeiras de rodas.
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Por seu turno, no passeio Poente, as irregularidades do pavimento e o seu mau estado em alguns locais poderão causar grandes dificuldadees à circulação.
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No que diz respeito às duas passadeiras, ambas chumbam pela mesma razão: embora num dos lados da passadeira a altura do lancil do passeio esteja abaixo do limite máximo admissível, no outro lado esse limite é ultrapassado (por pouco numa das passadeiras).
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Também nesta rua encontrámos carros estacionados em cima da passadeira. É o que sucede com este veículo da Câmara Municipal de Oeiras (mais um veículo da autarquia a dar um mau exemplo):
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Conclusão: rua parcialmente acessível.
As passadeiras não são acessíveis.
As cadeiras de rodas têm, em princípio, espaço para circular nos passeios, mas no passeio Poente as irregularidades do pavimento podem dificultar essa circulação e a presença de lixo no passeio do lado oposto pode impedir a passagem.

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Mobilidade pedonal em geral: desde que foram colocados pilaretes para proteger o passeio Poente dos automobilistas sem civismo, os peões conseguem circular nesta rua em qualquer dos passeios. No entanto, pelo mau estado do pavimento, o passeio Poente é perigoso para invisuais e para idosos e dificulta a circulação de carrinhos de bebé. Junto ao mercado, o problema é o frequente estacionamento de carros em cima do passeio.
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RUA JOSÉ FALCÃO
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A parte da Rua José Falcão situada dentro da área que delimitámos no mapa situa-se entre a Avenida Duarte Pacheco e a Rua Nossa Senhora do Egipto.
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No passeio Poente, a largura de passeio (entre 1,3 metros e 1,4 metros) é enganadora. O troço contíguo à Rua Nossa Senhora do Egipto, em mau estado…
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…e por vezes com carros estacionados em cima…
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…é inútil para quem se desloque em cadeira de rodas: no local onde está esta árvore (ocupando toda a largura do passeio)…
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…ninguém passa.
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No troço seguinte, igualmente em mau estado…
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…também nenhuma cadeira de rodas passa:
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Passeio intransitável: é na faixa de rodagem que os peões circulam.
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Acresce a “ajuda” dos automobilistas que resolvem estacionar os seus veículos em cima da parte circulável do passeio:
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No terceiro e último troço, carros diariamente estacionados neste local do passeio…
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…um caixote de lixo que é teimosamente depositado em cima do passeio, impedindo a passagem dos peões…
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…e outras barreiras (fixas) impedem a circulação de cadeiras de rodas.
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No passeio oposto (Nascente, de dois troços), o cenário não é melhor. Embora a largura do passeio ronde sempre os 1,3 metros (ao longo de escassos metros, junto à Rua Nossa Sra. do Egipto, alarga para mais de dois metros), também não é acessível. No troço contíguo à Rua Nossa Senhora do Egipto, um poste disparatadamente colocado no meio do passeio…
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…e a presença diária de carros estacionados em cima do passeio impedem a circulação de cadeiras de rodas:
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Por seu turno, no troço entre as avenidas Carlos Silva e Duarte Pacheco, são várias as barreiras que obstam à circulação de cadeiras de rodas:
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Por fim, em todas as (três) passadeiras existentes, o passeio foi rebaixado, mas junto a elas o lancil do passeio excede a altura máxima admissível em pelo menos um dos lados da passadeira - um cenário que piora com a presença de carros estacionados nas passadeiras:
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Conclusão: rua não acessível.
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Mobilidade pedonal em geral: não é possível percorrer a rua de uma ponta à outra em qualquer dos dois passeios.
Nos quarteirões a Norte da Avenida Carlos Silva, é na faixa de rodagem que os peões circulam, por falta de condições de circulação nos passeios e/ou devido ao estacionamento de carros no passeio.
No quarteirão entre a Avenida Carlos Silva e a Avenida Duarte Pacheco, o passeio Nascente é circulável por pessoas sem mobilidade condicionada; é perigoso para invisuais; e impróprio para carrinhos de bebé. No passeio Poente do mesmo quarteirão, o caixote do lixo teimosamente deixado todos os dias no passeio barra a passagem dos peões; no resto desse troço de passeio, os peões conseguem circular (mas possivelmente não com um guarda-chuva aberto); o caixote de lixo e os carros diariamente estacionados no passeio inviabilizam a circulação de um carrinho de bebé.
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(continua)
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1 comentário:

Joao disse...

Realmente essas ruas são uma vergonha.
Mas se por um lado, tirar os restos de árvores, rebaixar os passeios, e tirar os carros de cima do passeio não parece difícil, por outro por vezes não parece possível por exemplo, em alguns lados, aumentar os passeios... porque teriam de tirar as estradas, algo que parece impensável em algumas zonas deste país.
Tirar postes de electricidade e de iluminação, também costuma ser difícil, não porque seja muito difícil por si só, mas porque são muitos. As árvores às vezes também é difícil de as cortar, porque começam logo a criticar (às vezes com muita razão)... e para substituí-las nem sempre é fácil.
Outra questão, é que muitas vezes as câmaras se não forem pressionadas por um elevadíssimo número de ELEITORES para fazerem essas alterações, não as fazem e pronto.